O PROJETO
O projeto WOSUP assenta na remoção do lixo nos oceanos, mais precisamente, na remoção de plásticos e seus derivados.
Uma vez que elenca mecanismos com base em software para potenciar e alavancar a descoberta e processamento da localização e dimensão das acumulações de resíduos, para que posteriormente se notifiquem embarcações especializadas para recolher o plástico fornecendo-lhes a localização, a dimensão e a melhor rota para conseguir otimizar a viagem da embarcação, tendo em conta as dimensões de resíduos que pode carregar.
Com uma identificação mais assertiva das grandes concentrações de lixo no oceano e criando as condições necessárias para o aumento da eficiência da atividade de recolha, prevê-se que o volume de plástico recolhido com base na solução a desenvolver, seja muito superior ao recolhido nos dias de hoje, garantindo também um maior volume de plástico cujo destino será a reciclagem ou a reutilização.
IMPACTO
A construção de algoritmos para a deteção de tipos de plásticos nos oceanos e a geração de relatórios operacionais e rotas de recolha otimizadas, fomentando a célere e seriada recolha dos resíduos para, posteriormente, serem reutilizados ou reciclados, sendo precisamente neste campo que se verifica o contributo para o aumento da eficiência dos recursos ligados às empresas do setor marítimo , como dita o aviso de candidatura. Ou seja, a eficiência é conseguida através da otimização das rotas de recolha de lixo, por empresas cuja atividade core é essa mesma recolha, sendo a otimização resultante da maior clareza face à localização das grandes concentrações de lixo, à sua dimensão e mesmo a categorização do tipo de lixo , permitindo a estas empresas, definir de antemão, que tipo de embarcação necessitam para a recolha do lixo avistado e qual a melhor rota para recolher o maior volume de lixo possível, tendo sempre por base que o lixo é facilmente “deslocado de sítio” devido às correntes oceânicas.
Como funciona?
Um dos fatores diferenciadores deste projeto é a capacidade que a plataforma tem de integrar qualquer tipo de fontes de dados. Neste caso serão utilizadas imagens de satélites e drones, no entanto, a plataforma será construída com futuras integrações em mente, sendo que os seus interfaces de contacto com as fontes de dados são completamente agnósticos de domínio ou caso de aplicação. Após a integração das imagens na plataforma, esta será capaz de as catalogar e compreender qual a melhor forma de as processar, isto é, no modelo base da plataforma existirá uma panóplia de algoritmos desenhados à medida para resolver o caso de uso base já descrito. As imagens serão então processadas por estes algoritmos que produzirão o conhecimento necessário à operação do sistema. Para o processamento das imagens de satélite serão avaliados os mais inovadores tipos de arquiteturas de software (serverless, microservices, etc.) que terão como principal objetivo criar uma plataforma capaz de responder às necessidades que lhe são endereçadas mas que otimize os seus custos de forma dinâmica e automática.
Os algoritmos a serem construídos durante o projeto serão realizados com o caso de uso da detecção de plásticos no oceano em mente. Isto é, serão construídos algoritmos de análise de imagem que permitem compreender o que existe na imagem, que tipo de densidade tem a acumulação de resíduos e qual o estado de degradação dos plásticos existentes. Para além disso, estes algoritmos terão ainda a capacidade de realizar uma previsão do número de embarcações necessárias à remoção de todo o acumulado de resíduos. Assim, numa primeira fase serão analisados os algoritmos do estado da arte em análise de imagem e extração de features q ue posteriormente garantem a possibilidade de um segundo varrimento da imagem para a catalogação e extração de conhecimento a utilizar nos relatórios que serão gerados pela plataforma.
Do ponto de vista operacional do sistema é fundamental existir uma forma de fazer a ligação entre todos os algoritmos e mecanismos da plataforma com os seus utilizadores finais. Esta ligação deverá ser realizada de uma forma sucinta e objetiva sem que existam muitos detalhes técnicos subjacentes à plataforma, focando a informação comunicada nos relatórios no perfil dos seus utilizadores e na informação necessária à operação que têm de realizar. Os relatórios referidos são então o culminar de todo o processamento realizado sobre as fontes de dados da plataforma e fornecem informações claras de apoio à recolha das acumulações de lixo marítimo. Assim, estes relatórios devem conter, pelo menos,
o a localização,
o tamanho,
o tipos de resíduos
o rota de recolha para otimizar a embarcação escolhida.
Os relatórios devem ainda, conter uma parte de apoio à decisão que sugere medidas de melhoria que ajudem a suportar um processo de recolha o mais sustentável possível (e.g. sugerir diferentes tipos de embarcações quando se justifique).
Por último, elenca-se outra caraterística inovadora muito importante para a economia local e central que pode transformar as comunidades, localidades e países mais verdes pouco a pouco. Esta característica é a adoção dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Os desenvolvimentos do presente projeto serão em muito pautados pelas metas a cumprir estabelecidas nestes indicadores, auxiliando as comunidades a ficarem mais amigas do ambiente e a terem um papel preponderante no ecossistema dos oceanos.
Fundada em 2007 em Aveiro, a Ubiwhere é uma empresa de base tecnológica focada no desenvolvimento e investigação de tecnologia de ponta, aplicada à criação de soluções inteligentes e inovadoras no âmbito das Smart Cities e Telecomunicações do Futuro.
Promovemos um Mundo mais sustentável e com uma maior qualidade de vida para os cidadãos, respondendo às necessidades associadas à evolução da tecnologia e redes do futuro e fortalecendo serviços urbanos que promovam uma melhor gestão da Mobilidade, Energia, Resíduos e Turismo nas cidades.
Financiado por
Working together for a green, competitive and inclusive Europe
Através do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu (EEE), a Islândia, o Liechtemstein e a Noruega são parceiros no mercado interno com os Estados-Membros da União Europeia.
Como forma de promover um contínuo e equilibrado reforço das relações económicas e comerciais, as partes do Acordo do EEE estabeleceram um Mecanismo Financeiro plurianual, conhecido como EEA Grants.
Os EEA Grants têm como objetivos reduzir as disparidades sociais e económicas na Europa e reforçar as relações bilaterais entre os três países e os países beneficiários.
Para o período 2014-2021, foi acordada uma contribuição total de 2,8 mil milhões de euros para 15 países beneficiários. Portugal beneficiará de uma verba de 102,7 milhões de euros.
No âmbito deste Mecanismo Financeiro, o projeto WOSUP é beneficiário de financiamento no âmbito do Programa Crescimento Azul, concorrendo e contribuindo para a criação de valor e crescimento sustentável na economia azul portuguesa.
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